O Bumba Meu Boi surgiu no Nordeste colonial, por volta do século XVIII, com influências culturais europeia, indígena e africana, no contexto do ciclo do gado. A lenda, presente em diversas variações regionais, narra a história de um boi de estimação que é morto por um casal de escravizados para satisfazer o desejo da esposa, sendo posteriormente ressuscitado por um curandeiro. A manifestação cultural combina teatro, música e dança, e foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e da Humanidade pelo IPHAN.
Origem e Influências
- O Bumba Meu Boi nasceu no período colonial, no Nordeste brasileiro, influenciado pela cultura da pecuária e pela convivência de diferentes povos.
- A tradição combina elementos da cultura europeia (com danças e touradas), africana e indígena, refletindo a formação da sociedade colonial brasileira.
A Lenda Central
A lenda mais comum do Bumba Meu Boi gira em torno de um casal de escravizados, Mãe Catirina e Pai Francisco.
- Durante a gravidez, Mãe Catirina tem o desejo de comer a língua de um boi.
- Para satisfazer o desejo, Pai Francisco mata o boi preferido do fazendeiro.
- O fazendeiro fica furioso, mas a história se desenvolve com várias tentativas de ressuscitar o animal.
- Um curandeiro, pajé ou pajé indígena, consegue trazer o boi de volta à vida, com a ajuda de suas entidades protetoras.
- A lenda termina com o fazendeiro celebrando a vida do boi, organizando um grande desfile e festa em agradecimento.
Características e Sotaques
- A manifestação combina elementos de teatro, música e dança em apresentações com personagens humanos e animais.
- A festa se desenvolveu de diferentes formas em cada região.
- Uma das características do Boi de Costa de Mão, do Maranhão, é o uso das mãos para tocar instrumentos e a vestimenta.
- No Amazonas, a festa se transformou em grandes apresentações em um Bumbódromo e é marcada pela rivalidade entre o Boi Garantido (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul).
Reconhecimento
- Patrimônio Cultural Imaterial: O Bumba Meu Boi foi incluído na lista de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo IPHAN em 2011 e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2019.
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